terça-feira, 25 de novembro de 2008

Cinema comunitário de mãos dadas com a oficina activa


Em Dezembro o cinema comunitário vai andar de mãos dadas com a oficina activa.
Em vez de ocupar o serão habitual da primeira terça feira do mês preferiu resguardar-se para uma sessão especial, sexta feira dia 5 de Dezembro às 22horas, na abertura do evento, que terá lugar na casa viva entre os dias 6 e 7.

Tendo em conta que a oficina activa se dedica ao tema da acção directa, vamos projectar uma série de pequenos filmes de acções um pouco por todo o mundo ao longo da história recente.
Agradecimentos ao pessoal do KinoKast que disponibilizou uma série de filmes especialmente para esta sessão (http://www.kinokast.net/)

Nota- Os filmes embora não estejam legendados em português são na sua esmagadora maioria compostos por compilações aleatórias de imagens e sem dialogo. Portanto, falam por si. Qualquer tradução mais complicada será feita ao vivo durante as projecções, tal como qualquer explicação sobre os eventos referenciados nos vídeos.

Road to Ruin” de Jamie Lowe (14 mins/ingles)

Em 1996 o plano para construir uma auto estrada nos campos ingleses de Newbury levantou uma onda de resistência sem precedentes. 33 acampamentos em topos de arvores foram erguidos para impedir a desflorestação imposta pelo projecto. Milhares de pessoas envergaram numa série de acções directas contra a construção, iniciando dessa forma um movimento de massas sem igual, abrindo as portas e indirectamente construindo as bases para o movimento “anti-globalização” que dali florescia.
Esta é a estreia mundial da versão remastered deste curto filme que já correu o mundo.

Carnaval contra o capital” Jamie Lowe (13 mins/inglês)

Alguns meses depois da batalha de Seatle, onde milhares de manifestantes cancelaram a cimeira da organização mundial do comercio, anunciando ao mundo que afinal de constas o projecto neo-liberal não era consensual, em Londres foi convocada uma pequena festa para celebrar a vitória do movimento. O que era para ser uma simples acção de uns quantos jovens a dançar samba em frente do banco de Inglaterra, transformou-se numa acção em massa onde apareceram milhares de pessoas que durante um dia encerraram a cidade.


Jogando Golfe com o G8” Indymedia (7 mins/inglês)

Em 2005 os lideres do G8 juntaram-se para jogar golfe numa estância hoteleira na Escócia. Milhares de activistas de todo o mundo fizeram de tudo para se juntarem ao torneio. Esta é uma curta compilação de vídeos de quase tudo o que se passou em Gleeneagles, desde simples marchas a pequenas acções de bloqueio nas vias de comunicação das montanhas escocesas.


Um motim rural” de Revolt Vídeo (25 mins/Inglês)

Na manha de 6 de Julho de 2005 cerca de 500 activistas mais militantes partiram do eco-camp em direcção à pequena cidade de Stirling. No caminho encontraram uma série de barricadas policias, e uma a uma foram deitadas a baixo. Numa acidental, no entanto arrojada, conjuntura atraíram tanta policia que se acabou por quebrar o cordão policial que rodeava o acampamento anti-G8, permitindo a dezenas de grupos de afinidades uma saída sorrateira em direcção à auto estrada e linhas de comboio, que horas mais tarde seriam bloqueados por estes, fechando as conversações da cimeira do G8 logo no primeiro dia. No dia seguinte, seriam os ataques à bomba em Londres a fechar por completo a cimeira daquele ano.
Este vídeo mostra-nos imagens impressionantes de um motim no meio do campo.


Zapatismo na cidade do México” de Laboratório de acçion directa
( 13mins/Espanhol)

No dia 30 de Junho de 2005 foi anunciada a sexta declaração da selva Lacandonica, onde o movimento Zapatista lidera uma “desautoridade” autónoma à mais de 14 anos. Para o celebrar, um grupo de estudantes da capital mexicana, apoiantes do Zapatismo, decidiram pintar uma enorme estrela vermelha zapatista no meio da Praça Maia, palco dos momentos mais relevantes da historia mexicana.
Neste curto vídeo vemos como se mistura acção directa com arte, originalidade e alguma artimanha.



Massa Critica” de Kinokast (6 mins)

2 Rodas é bom. 4 quatro rodas é mau. A massa critica é um encontro mensal de ciclistas que se juntam para entupir o transito local reclamando direitos para os ciclistas e promovendo formas de transporte não poluentes. Iniciou-se à mais de 20 anos em São Francisco, mas não demorou até que se espalhasse pelo planeta, e hoje é rara a cidade que não tem um núcleo de massa critica (incluindo o Porto). Este vídeo mostra-nos imagens de duas concentrações, uma em 1997 e outra em 2005, mostrando que a massa critica continua viva e de boa saúde.


whitley Quarry 95” Jamie Lowe (5mins)


Invasão de uma pedreira por ambientalistas em 1995.


Reclaim the streets” Kinokast (20 mins)


Reclaim the streets foi sem duvidas um dos movimentos mais originais e eficazes no final dos anos 90. Nascido em Londres rapidamente se espalhou pelo mundo, reivindicando o direito ao espaço publico que progressivamente tem vindo a ser restringido e privatizado. Estes são 3 vídeos de 3 festas diferentes em 1997, ano em que pela primeira vez se organizaram as festas, incluindo aquela mais famosa onde se ocupou a M41, a “via de cintura interna” que rodeia a cidade de Londres.
Reclaim the media” IMC Itália (3mins)

Uma festa em frente da sede milanesa da Media Set, empresa do barão dos media e chefe mafioso italiano, Sylvio Berlusconi, reclamando mais parcialidade e transparência nos media.
Para mais informações sobre a oficina activa consulta
Sobre os filmes consulta

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Terça Feira dia 4 de Novembro pelas 22h


O caminho para Guantanamo (legêndado em Português/ duração: 90mins)

Quando os pais de Asif lhe encontraram uma noiva no Paquistão, ele mais 3 colegas partiram de imediato de Birmingham para Islamabad para ultimar os preparativos. Com tempo para matar, resolveram atravessar a fronteira para ajudar na evacuação do Afeganistão dias antes da invasão ocidental em 2001. Na confusão da guerra foram capturados pelas forças da Aliança do Norte e vendidos às tropas norte-americanas como terroristas.
Entre Janeiro de 2002 e finais de 2004 permaneceram na base militar de Guantanamo, sujeitos a intermináveis interrogatórios, sessões de tortura e isolamento. Quando não mais se poderia justificar as falsas acusações, foram eventualmente libertados com um frio pedido de desculpas e nada mais.
Nesta produção de Michael Winterbottom são reconstituídos todos os passos e peripécias que os famosos Tipton Three tiveram de atravessar na sua longa caminhada de regresso a Inglaterra. O documentário venceu o Urso de Prata no Festival de cinema de Berlim e continua a ser a mais detalhada e controversa analise à violação sistemática de direitos Humanos no notório Camp X-Ray, na Baía de Guantanamo, em Cuba.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

3ra Feira dia 7 de Outubro às 22h (entrada livre)


"Terra e Liberdade" de Ken Loach (109mins/legendado em português)


Na primavera de 1936, David, um jovem comunista desempregado de Liverpool, decide juntar-se às brigadas internacionais que lutavam pelos republicanos na guerra civil espanhola. Acaba a lutar ao lado da milicia do POUM e participa directamente no processo revolucionário catalão. Com o fim da aliança entre comunistas e anarquistas o idealismo de David é severamente posto à prova. Esta obra de Ken loach é uma adaptação do famoso diario de luta de George Orwell, "Homenagem à Catalunha", onde pela primeira vez, fora de Espanha, se dismistificou o papel do partido comunista espanhol naquela que foi a maior e mais importante batalha ideologica do seculo XX na Europa.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Terça Feira dia 9 de setembro, às 22h na casa viva (167 Praça Marquês de Pombal, Porto). Entrada Livre


Guerra contra a democracia – De John Pilger (2007) Legendado em Português. Duração:94mins

Esta galardoada produção de 2007 explora a relação histórica e contemporânea entre Washington e países como a Venezuela, Bolívia, Chile, Guatemala e Nicarágua. Desde o golpe de estado na Guatemala em 1954 que os Estados Unidos têm exercido uma brutal influência na região, apoiando e financiando regimes ditatoriais, indiferentes a conceitos básicos de democracia e direitos humanos. Numa era onde se instaurou uma “guerra contra o terror”, Pilger conta-nos uma história universal, analisando e revelando ideias de poder, império e os seus vulneráveis mitos, numa parte do mundo onde a palavra “mudança" assume novos tons e cores.
O jornalista australiano John Pilger tornou-se internacionalmente reconhecido como o ultimo jornalista em Saigão durante a invasão norte americana. Desde então revelou-se como um insaciável defensor dos direitos básicos dos povos e um jornalista de inegável rigor e claridade. A “guerra contra a democracia” faz parte de uma longa série de documentários de Pilger onde se incluem os famosos “Palestine is still the issue”, “Social aparthaid in South Africa is real” e “New rulers of the world”.
Neste mês o cinema comunitário terá lugar uma semana mais tarde, por razões técnicas, voltando à primeira terça de cada mês logo em Outubro.

quinta-feira, 17 de julho de 2008


Em Agosto nao ha cinema comunitário, vamos de ferias.
Voltamos dia 2 de Setembro.
Boas ferias

quinta-feira, 19 de junho de 2008

3ra sessão do cinema comunitário na Terça Feira 1 de Julho, às 22h, Cava viva (167 Praça Marquês de Pombal, Porto) Entrada livre



Com a próxima cimeira do G8 prestes a começar, a próxima sessão do cinema comunitário será dedicada aos protestos contra os lideres das 8 nações mais industrializadas do planeta, que se vão reunir em Toyako, no Japão, de 7 a 9 de Julho.



Programa

(nota-os filmes não estão legendados em português, no entanto na maior parte resumem-se a montagens de imagens de protestos que falam por si proprias)

22h

- “Genoa Libera 2001”, de Globalize Resistence (30 mins - Em Inglês e Italiano)

Este foi um dos primeiros documentários produzidos logo apôs os protestos na cimeira de 2001 em Itália. Para além de incluir imagens impressionantes de confrontos entre manifestantes e “autoridades” nunca distribuídas nos media, o filme inclui uma série de entrevistas a participantes nos protestos.

22.30h

- “A ponte de Aurbounne 2002” (8mins- em Inglês)

Um ano depois da batalha campal em Génova, e ainda sob a sombra de um recente 11 de Setembro, o G8 reuniu-se na região montanhosa de Evian, na França. Contornando os obstáculos naturais um pequeno grupo de activistas conduziu uma acção não violenta com um fim inesperado devido a um acção policial pouco pensada.


22.38h

- “Shut Down Gleeneagles 2005” e outros pequenos vídeos (30mins- Inglês)

Em 2005 o G8 reuniu-se numa estancia de golfe no meio das Highlands Escocesas. Durante duas semanas cerca de 30 mil activistas conduziram uma série de acções com o intuito de fechar a cimeira. Nesta compilação de vários pequenos vídeos será possível ver o protesto na base nuclear de Faslane, os confrontos em Edimburgo durante a manifestação da “Make Poverty History Campaign”, o cerco à cimeira em Auchtarader e o protesto do Reclaim the Streets em Glasgow.

23.08h

- “G8 Heiligendamm 2007”(em Inglês)

Este vídeo compila horas de imagens dos protestos na ultima cimeira do G8 no norte da Alemanha. Por razões praticas serão seleccionadas apenas as mais relevantes, conforme o interesse da audiência.


Ao longo das projecções serão fornecidas informações pertinentes sobre o G8 e os protestos em particular.

Aparece e espalha a palavra.

Tudo o que querias saber sobre o G8 mas tinhas medo de perguntar



G8, uma historia breve...

A história começa no conturbado ano de 1973 quando uma crise energética, provocada pelo aumento dos preços dos barris da OPEC, desencadeou uma crise económica com repercussões globais. O império contra atacou com uma conferência internacional na Casa Branca, composta pelos dirigentes das maiores potencias internacionais, que deu origem à formação do chamado Library Group.
Em 1975, o então presidente Francês, Valery Giscard d’Estaing (Autor do projecto da, para já falhada, Constituição Europeia), convocou uma nova conferência em paris e formou-se assim o grupo do G6. No ano seguinte o Canada juntou-se à festa, e finalmente após a queda do muro de Berlim o grupo completou-se com a chegada da Rússia.
Hoje em dia o G8, composto pelos 8 países mais industrializados do planeta (Estados Unidos da América, Reino Unido, Alemanha, Canada, Japão, França, Itália e Rússia) representa aproximadamente 65% da economia global, embora o total dos 8 países apenas represente 14% da população do nosso pequeno planeta.
Uma vez por ano os presidentes dos respectivos membros juntam-se para um bacanal politico e um circo mediático sem igual, com muitos cocktails, apertos de mãos e fotografias nas primeiras paginas de jornais.
Na Cimeira de Gleneagles (2005) assinou-se um tratado histórico onde os 8 comprometeram-se a reduzir a divida externa de 14 países africanos, e o aumento de ajuda humanitária, embora até hoje pouco ou nada de prático tenha sido concluído.

Criticas

Desde 1975 que o G8 é alvo de criticas por parte de vários grupos, dos mais variados espectros políticos (Activistas Ambientalistas, Marxistas, Anarquistas, Feministas, direitos civis, direitos humanos, anti-patentes, anti globalização, etc).


As criticas são também variadas:
- Divida do terceiro mundo.
- Politicas de mercado injustas.
- Falta de acção ambiental.
- Monopólio de patentes medicinais e naturais.
- Iraque, Palestina, etc...

No fundo da questão reside um conflito fundamental. O da legitimidade de um grupo anti democrático de 8 auto-proclamados lideres do planeta, de tomar decisões com repercussões globais.
Os primeiros ecos de resistência organizada surgiram em 1998, quando a Rússia entrou na festa, em Birmingham (Inglaterra). Desde então os protestos multiplicaram-se.
Em Junho de 1999 na Cimeira de Colónia(Alemanha) um exagerado aparato policial deu origem a confrontos violentos entre as autoridades e os “críticos”. A cena voltou a repetir-se em Génova (Itália) resultando na morte, a tiro, de um jovem anarquista italiano pelas autoridades.
Desde então os 8 têm-se reunido fora de grandes cidades com o intuito de reduzir os protestos. Em Junho de 2002 a cimeira teve lugar no meio de um parque natural em Kananaskis (Canada) obrigando os “críticos” a encontrarem formas mais criativas de protesto.
Os confrontos repetiram-se nas ultimas 5 conferências, em Evian (Franca, 2003), em Sea Island (USA, 2004) em Gleneagles (Escócia,2005) em São Petersburgo (Rússia, 2006) e Heiligendamm (Alemanha 2007).
Dia 7 de Julho inicia-se a 34ra cimeira do G8 em Toyako no Japão. Para esta cimeira é esperado, para além da sinfonia de propaganda que normalmente se gera nestes eventos, uma série de protestos um pouco por todo o continente Asiático.

Enquanto a “festa” não começa, aparece na Casa Viva na terça feira dia 1 de Julho para descobrires um pouco mais do que se tem vindo a passar nos últimos anos.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Terça Feira dia 3 de Junho às 10 da noite


A pouco mais de um mês da proxima cimeira do G8 em Toyako, no Japão, os ministros do ambiente dos respectivos 8 paises anunciaram que entre outros temas ira ser proposto um projecto para reduzir as emissões de dioxido de carbono significativamente até 2050. Antecipando a cacafonia e demagogia que seguramente marcara as discussoes em Julho a segunda sessão do Cinema Comunitário é dedicada ao tema do ambiente.

Lammas Housing Project” (Produzido por Undercurrents UK- 4mins)

Um pequeno documentário sobre uma pacata comunidade sustentável no sul de inglaterra, determinada a provar que é possivel viver um estilo de vida confortavel sem que seja necessario abusar dos recursos naturais que tão grande impacto têm na biosfera que suporta toda a vida no planeta.

Climate Camp” (Produzido Luciano Ibarra, Cine Rebelde e Rising Tide UK – 1h e 2mins)

Entre 26 de Agosto e 4 de Setembro de 2007 teve lugar o “Camp for Climate Action”, uma ocupação de um terreno fronteireiço com a Drax Power station, a maior emissora de CO2 na Europa, onde milhares de pessoas se concentraram para fechar a central energetica por um dia.

Numa altura em que se procura alternativas energeticas, o governo britanico reabriu a velhinha rede de exploracao de carvão, a mais poluidora forma de energia. A central energetica Drax consome anualmente 13 milhoes de toneladas de carvao e emite 20.8 toneladas de dioxido de carbono por ano.

O documentário analisa toda a problematica das mudancas climatericas a nivel global, tal como a dificuldade de organizar um acampamento desta natureza.

Mais info: www.risingtide.org.uk

terça-feira, 6 de maio de 2008

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Em exibição terça feira dia 6 de Maio às 10 da noite


“I” é uma meditação sobre a relação entre os media e o poder do ponto de vista da maior rede voluntária de media do planeta. Este documentário segue o primeiro ano de um pequeno colectivo do IMC numa caótica Buenos Aires durante o colapso da economia Argentina em 2001. (www.Ithefilm.com) O filme esta traduzido em português.

Cinema Comunitário- Primeira Terça Feira de cada mês

Numa altura em que poucas são as salas de cinema ainda abertas na cidade do Porto inicia-se já dia 6 de Maio um ciclo continuo de cinema independente simplesmente intitulado “Cinema Comunitário”. A ideia é simples, um filme por mês, todas as primeiras Terças Feiras de cada mês. Na sua grande maioria o ciclo consiste em produções independentes sobre os mais variados assuntos dos nossos tempos. Temas como Globalização, Guerra, Terrorismo, Propaganda, etc...

Apareçam, a entrada é gratuita. Espalhem a mensagem