Com a próxima cimeira do G8 prestes a começar, a próxima sessão do cinema comunitário será dedicada aos protestos contra os lideres das 8 nações mais industrializadas do planeta, que se vão reunir em Toyako, no Japão, de 7 a 9 de Julho.
Programa
- “Genoa Libera 2001”, de Globalize Resistence (30 mins - Em Inglês e Italiano)
Ao longo das projecções serão fornecidas informações pertinentes sobre o G8 e os protestos em particular.
Aparece e espalha a palavra.Tudo o que querias saber sobre o G8 mas tinhas medo de perguntar
G8, uma historia breve...
A história começa no conturbado ano de 1973 quando uma crise energética, provocada pelo aumento dos preços dos barris da OPEC, desencadeou uma crise económica com repercussões globais. O império contra atacou com uma conferência internacional na Casa Branca, composta pelos dirigentes das maiores potencias internacionais, que deu origem à formação do chamado Library Group.
Em 1975, o então presidente Francês, Valery Giscard d’Estaing (Autor do projecto da, para já falhada, Constituição Europeia), convocou uma nova conferência em paris e formou-se assim o grupo do G6. No ano seguinte o Canada juntou-se à festa, e finalmente após a queda do muro de Berlim o grupo completou-se com a chegada da Rússia.
Hoje em dia o G8, composto pelos 8 países mais industrializados do planeta (Estados Unidos da América, Reino Unido, Alemanha, Canada, Japão, França, Itália e Rússia) representa aproximadamente 65% da economia global, embora o total dos 8 países apenas represente 14% da população do nosso pequeno planeta.
Uma vez por ano os presidentes dos respectivos membros juntam-se para um bacanal politico e um circo mediático sem igual, com muitos cocktails, apertos de mãos e fotografias nas primeiras paginas de jornais.
Na Cimeira de Gleneagles (2005) assinou-se um tratado histórico onde os 8 comprometeram-se a reduzir a divida externa de 14 países africanos, e o aumento de ajuda humanitária, embora até hoje pouco ou nada de prático tenha sido concluído.
Criticas
Desde 1975 que o G8 é alvo de criticas por parte de vários grupos, dos mais variados espectros políticos (Activistas Ambientalistas, Marxistas, Anarquistas, Feministas, direitos civis, direitos humanos, anti-patentes, anti globalização, etc).
As criticas são também variadas:
- Divida do terceiro mundo.
- Politicas de mercado injustas.
- Falta de acção ambiental.
- Monopólio de patentes medicinais e naturais.
- Iraque, Palestina, etc...
No fundo da questão reside um conflito fundamental. O da legitimidade de um grupo anti democrático de 8 auto-proclamados lideres do planeta, de tomar decisões com repercussões globais.
Os primeiros ecos de resistência organizada surgiram em 1998, quando a Rússia entrou na festa, em Birmingham (Inglaterra). Desde então os protestos multiplicaram-se.
Em Junho de 1999 na Cimeira de Colónia(Alemanha) um exagerado aparato policial deu origem a confrontos violentos entre as autoridades e os “críticos”. A cena voltou a repetir-se em Génova (Itália) resultando na morte, a tiro, de um jovem anarquista italiano pelas autoridades.
Desde então os 8 têm-se reunido fora de grandes cidades com o intuito de reduzir os protestos. Em Junho de 2002 a cimeira teve lugar no meio de um parque natural em Kananaskis (Canada) obrigando os “críticos” a encontrarem formas mais criativas de protesto.
Os confrontos repetiram-se nas ultimas 5 conferências, em Evian (Franca, 2003), em Sea Island (USA, 2004) em Gleneagles (Escócia,2005) em São Petersburgo (Rússia, 2006) e Heiligendamm (Alemanha 2007).
Dia 7 de Julho inicia-se a 34ra cimeira do G8 em Toyako no Japão. Para esta cimeira é esperado, para além da sinfonia de propaganda que normalmente se gera nestes eventos, uma série de protestos um pouco por todo o continente Asiático.
Enquanto a “festa” não começa, aparece na Casa Viva na terça feira dia 1 de Julho para descobrires um pouco mais do que se tem vindo a passar nos últimos anos.
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