quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
5ª, 10 dezembro 22h00 entrada livre
Lefteria, de Tiago Afonso 2009
Documentário (30'52'')
Lefteria é sinónimo de liberdade. O documentário foi realizado a partir de imagens recolhidas em Atenas, nos primeiros dias de 2009, nas ruas e em assembleias de estudantes: mantinha-se ainda a revolta que os jornais já remetiam para segundo plano e que pôs a Grécia em estado de sítio durante Dezembro.
The Potentiality of Storming Heaven
Grego com legendas em Inglês (28')
Este filme acompanha alguns dos momentos mais quentes de insurreição contra as autoridades, que explodiu nas cidades e vilas gregas, entrevistando participantes, novos e velhos, gregos e imigrantes. Com música de banda-sonora a acompanhar e inspiradores textos citados no ecrã, explica por que é que os Gregos se sentiram tão zangados e indignados.
Na noite de 5 para 6 de Dezembro de 2008, o jovem Alexis Grigoropoulos foi baleado mortalmente por um polícia grego. Um ano depois, o Cinema Comunitário persegue-lhe a luta pela liberdade.
A primeira sessão do mês conta com a participação e intervenção de Tiago Afonso, o que certamente desenrolará uma conversa sobre o assunto, que voltou a ser notícia dos jornais.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Sábado, 21 novembro 16h00 entrada livre
This is what democracy looks like (55')
Documentário EUA
Independent Media Center (IMC) e Big Noise Films 2000
Inglês (legendas em português)
A verdadeira história do que aconteceu nas ruas de Seattle durante os protestos contra a cimeira da OMC (Organização Mundial do Comércio) em 1999. Filmado por mais de 100 câmaras, This is what democracy looks like é um apaixonado e estonteante olhar sobre o momento que mudou para sempre os movimentos globais.
casa-viva.blogspot.com
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
5ª, 12 novembro 22h00 entrada livre
O Cinema Comunitário deste mês lembra a revolta em Seattle, há 10 anos.
Beattle in Seattle, de Stuart Townsend (98')
USA | Canadá | Alemanha
Inglês (legendas em português)
Beattle in Seattle é baseado no protesto activista de 1999 contra a Conferência da Organização Mundial do Comércio e mostra como a manifestação se iniciou de forma pacífica e acabou numa disputa civil contra o Departamento de Polícia de Seattle e a Guarda Nacional, proclamando-se, então, um Estado de Emergência. Primeiro filme dirigido pelo actor Stuart Townsend
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Sábado, 24 de Outubro, às 16h na CASA VIVA (167 Praça Marquês de Pombal)
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
5ª, 8 outubro 22h00 entrada livre
5ª, 8 outubro 22h00 entrada livre
Good Copy, Bad Copy
de Andreas Johnsen, Ralf Christensen e Henrik Moltke
Documentário (59')
Dinamarca 2007
Copyriot é o tema deste mês do Cinema Comunitário.
Good Copy, Bad Copy é, precisamente, um documentário sobre direitos de autor e cultura. Inclui entrevistas a diversas personalidades e diferentes perspectivas sobre direitos de autor, conseguindo captar a tensão existente no debate actual entre detentores de conteúdo da indústria tradicional e artistas da nova indústria.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
5ª, 10 setembro, 22h00 entrada livre
Em resposta ao apelo squatmeet09.wordpress.com, dirigido a espaços okupados e/ou autogestionados, para dois dias de acção directa em Setembro, pela criação de mais espaços do género, o Cinema Comunitário dedica este mês ao tema e apresenta:
The Take, de Avi Lewis e Naomi Klein (87')
Documentário. Canadá, Argentina, 2004
No rescaldo do dramático colapso económico argentino de 2001, a classe média mais próspera da América Latina descobre-se numa cidade fantasma de fábricas abandonadas e desemprego em massa. A fábrica Forja dorme abandonada até que os seus antigos empregados a tomam. Fazem parte dum novo e dinâmico movimento de trabalhadores que ocupam negócio “falidos” e criam empregos nas ruínas do sistema que desaba.
Nos subúrbios de Buenos Aires, trinta trabalhadores desempregados partem em direcção à sua fábica “falida”, estendem os sacos-cama e recusam-se a ir embora. Tudo o que querem é voltar a ligar as máquinas paradas. Como em qualquer ocupação, têm que percorrer tribunais e enfrentar polícias e políticos, que tanto podem dar-lhes protecção legal como corrê-los violentamente.
The Take, um filme que, quase garantidamente, irá fazer-te rir e chorar e, acima de tudo, deixar-te com um desejo enorme de mudar o mundo, é um manifesto sobre o poder das pessoas normais quando se unem para conseguirem coisas extraordinárias.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Sábado, dia 18 de Julho, às 16h30, na Casa Viva
“Flow: For the love of Water” de Irena Salina (83 mins/inglês)
Sábado, dia 18 de Julho, às 16h30, na Casa Viva (167, Praça Marquês de Pombal)
Entrada Livre
Ainda dentro do ciclo especial sobre o direito ao acesso a reservas de água, o cinema comunitário vai projectar “Flow: For the love of Water”, um estudo sobre diferentes processos de privatização de companhias de água, um pouco por todo o mundo.
Cobrindo os temas de contaminação desnecessária de água; Politicas agressivas do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional; Abuso de direitos humanos por parte de multinacionais; Mudanças hormonais na fauna marítima; e o crescimento de epidemias, como a cólera, resultantes da manipulação da distribuição de Água, “Flow” é provavelmente o mais completo documentário sobre o tema.
Sem dúvida, um filme a não perder.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
5ª, 9 julho 22h00 entrada livre
"Água" no Cinema Comunitário
Sendo um bem essencial para toda a vida, a água sempre desempenhou um papel central na ordem social. Com o aquecimento do planeta e o constante desenvolvimento urbano, o acesso às cada vez mais escassas reservas de água potável torna-se agora num problema à escala global.
Nas últimas décadas a água tem gerado conflitos violentos um pouco por todo o mundo. Da Palestina à Bolívia, dos Estados Unidos ao Japão, o elemento mais básico promete ser a maior fonte de discórdia entre os povos. Não se trata de uma mera disputa de poder, mas sim de uma luta pela sobrevivência. Quase 10 anos depois da Guerra das Águas em Cochabamba (Bolívia), o Cinema Comunitário abre um novo ciclo para tentar encontrar respostas àquela que é a pergunta mais fulcral para toda a humanidade: “Não será o direito ao acesso à água o mais importante e intocável dos Direitos Humanos?".
Blue Gold: World Water Wars, de Sam Bozzo (2008)
Documentário | Inglês, sem legendas
Em todos os cantos do Globo, estamos a poluir, desviar, bombear e a desperdiçar o nosso fornecimento limitado de água potável a um ritmo impressionante, directamente relacionado com o crescimento da tecnologia e da população. O sobredesenvolvimento abrupto da agricultura, da habitação e da indústria aumentaram a procura de água "fresca", bem para lá da sua reserva finita, provocando a desertificação da terra. Gigantes corporativos forçam os países desenvolvidos a privatizar a sua água, de modo a dar lucro. Os investidores em Wall Street apontam para a dessalinização e esquemas de exportação de água massivos. Governos corruptos utilizam a água para atingirem os seus fins políticos e económicos. Emerge o controlo militar da água e formam-se novos mapas geopolíticos e estruturas de poder que preparam o palco para as guerras mundiais pela água.
Seguimos numerosos exemplos em todo o mundo de pessoas a lutar pelo seu direito básico à água, de casos de tribunal a revoluções violentas e a convenções das Nações Unidas, de revisões constitucionais a protestos locais em escolas primárias. Como proclama Maude Barlow, "esta é a nossa revolução, esta é a nossa guerra". Uma fronteira foi pisada quando transformamos a àgua numa mercadoria. Sobreviveremos a isso?
sexta-feira, 19 de junho de 2009
16h30 Cinema Comunitário
O Pesadelo de Darwin, de Hubert Sauper (107')
Documentário | 2004
As margens do maior lago tropical do mundo, considerado como o berço da Humanidade, são hoje o palco do pior pesadelo da globalização.
Na Tanzânia, nos anos 60, a perca do Nilo, um predador voraz, foi introduzida no lago Vitória, como experiência científica. Depois, praticamente todas as populações de peixes indígenas foram dizimadas. No entanto, aquilo que por um lado foi um desastre ecológico, mostrou-se comercialmente rentável, pois a perca do Nilo disseminou-se rapidamente e foi alvo de grande procura externa, sendo exportada para os mercados europeu e japonês.
Embora este negócio seja lucrativo, não gerou uma melhoria das condições de vida da maioria da população circundante, entregue a recursos escassos e a perspectivas de vida limitadas, e é o reflexo desta mudança nos habitantes da área que O Pesadelo de Darwin explora, não poupando ataques ferozes ao lado mais dúbio da globalização. Pescadores, políticos, pilotos russos, prostitutas, crianças, industriais e comissários europeus são os actores de um drama que ultrapassa as fronteiras do país africano. No céu, enormes aviões de carga da ex-União Soviética formam um ballet incessante, abrindo a porta a outro tipo de comércio: o comércio de armas.
O Pesadelo de Darwin foi escrito e realizado por Hubert Sauper. O documentário, legendado em português, tem produção conjunta de França, Áustria e Bélgica.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Maio - Vida Sob Ocupação
Em Maio o cinema comunitário é dedicado ao tema Vida Sob Ocupação. Com o Iraque como pano de fundo, vamos tentar compreender o que é viver num país ocupado por tropas estrangeiras, onde a mais mundana tarefa tornar-se numa decisão de vida ou de morte. Será projectado um filme de ficção e um documentário
14 de Maio, às 22h, na Casa Viva
Batalha por Haditha (92mins/Inglês)
A 19 de Setembro de 2005 explode uma bomba à beira de uma estrada em Haditha no Iraque, matando 1 soldado norte-americano e ferindo gravemente outros 2. Ao mesmo tempo está a ter lugar uma festa de crianças ali perto. Em jeito de vingança, as tropas invasoras atacam um quarteirão inteiro matando 24 homens, mulheres e crianças.
O caso mereceu apenas uma tímida atenção nos media e nenhum dos soldados que participaram no massacre foram condenados.
Em 2008 Nick Broomfield realizou Battle for Haditha, uma reconstituição do massacre da perspectiva das tropas e das vítimas, mostrando pertinentemente.
23 de Maio, às 15h, na Casa Viva
Heavy Metal em Bagdad (80mins/Inglês)
Ao longo dos tempos o Heavy Metal tem vindo a ser criticado e banido um pouco por todo o mundo. No entanto nunca deixou de ser um fenómeno global, à excepção do médio oriente. Isto é, até aparecerem os Acrassicauda, uma banda de trash-metal iraquiana que durante o regime de Saddam Hussain conseguiu contornar todas as adversidades para não só existir, mas também fazer sucesso além fronteiras. Mas desde a invasão a vida da banda tornou-se insustentável. Num país onde todas as movimentações são minuciosamente controladas e que o mais banal gesto pode levar-te à prisão ou para debaixo da terra, como é que uma banda de metal sobrevive?
Este documentário mostra-nos a luta dos Acrassicauda, na sua insaciável busca pelo direito a tocar, congregar os seus fãs e fugir de um país mergulhado na mais sangrenta guerra do século XXI.
segunda-feira, 9 de março de 2009
Março 2009 - Escravatura e Racismo
Data: Quinta-feira, 12 de Março. Às 22h. Entrada livre
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Matiné do Cinema Comunitário
Em Junho de 1982, Israel invade o Líbano e dá início àquela que foi chamada a primeira guerra do Líbano. Depois de dois meses de incessantes bombardeamentos, é finalmente negociado o retiro das tropas israelitas de Beirute. No ano seguinte, como represália pelo assassinato do adorado líder Bashir Gemayel, as milícias libanesas invadem os campos de refugiados palestinianos de Sabra e Shatila e massacram os civis, um ataque em área controlada pelo exército israelita e com conhecimento do mesmo.
A Valsa com Bashir é um filme de animação realizado por um ex-militar israelita que combateu nessa guerra, com história baseada em dados biográficos:
"Uma noite num bar, um velho amigo de Ari Folman fala-lhe de um pesadelo recorrente no qual é perseguido por 26 cães enraivecidos. Todas as noites a mesma quantidade de monstros. Os dois homens chegam à conclusão que há uma ligação com o exército israelita, durante a sua primeira missão na primeira guerra do Líbano no início dos anos 80. Ari fica surpreendido pelo facto de já não se lembrar de nada desse período da sua vida. Intrigado pelo enigma, decide entrevistar velhos amigos e camaradas por todo o mundo. Ele precisa de descobrir a verdade sobre essa altura e sobre ele próprio. Enquanto Ari se envolve cada vez mais no mistério, a sua memória começa lentamente a despertar imagens surreais…"
casa-viva.blogspot.com
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
cinema comunitário de cara lavada
O norte-americano James Longley viajou para a Faixa de Gaza em Janeiro de 2001, com intenção de ficar duas semanas para recolher material para um filme sobre a Intifada. Acabou por ficar mais de três meses, período no qual pôde conhecer a fundo a população.
Faixa de Gaza é filmado quase que totalmente em estilo verídico e apresentado quase sem narração. Dotado de maior observação e menor argumento político, o filme apresenta um raro olhar sobre a inflexível realidade vivida nos territórios palestinos sob a ocupação militar israelita.
Gaza-new years bombings 2009
[3'19'' 4'20'' 5'10'']Três registos de curta duração dos bombardeamentos na Faixa de Gaza no fim do ano de 2008 e início de 2009.